domingo, 20 de fevereiro de 2011

Conto


Nobres Senhores leitores e belas Damas leitoras do sorriso doce, que acompanham o Curtindo Linguagens. Hoje apresento a Vossas Senhorias um pequeno conto. Tenho me aventurado pouco na narrativa, por isso, os textos pouco aparecem aqui no blogue. Hoje resolvi postar esse pequeno conto, produzido certa feita numa oficina de criação literária. Eis o texto, ele surgiu nas imaginações fantasiosas do narrador. Leiam e julguem como lhes aprouver.

Do Sertão ensolarado, em pleno verão.
O autor!


CASAMENTO

Era noite, a cidade já dormia, mas na rua algumas vozes soavam ininteligíveis. Também, eu estava viajando num mundo tão meu que não me dava conta daquilo que passava a minha volta.
Na sala, a TV repetia o filme antigo de um contador de estórias. Foi então que Ana atirou seu sapato na minha cabeça. Sentir meu pescoço abaixar em direção ao chão e meus dedos acudiram a dor que saltava da secreção, o tapete manchava-se de vermelho.
Foi então que comecei a ouvir a doce e estridente voz de Ana me acusando.
_ O cheque voltou, vou ter que devolver o vestido na loja; o seguro do carro está atrasado há dois meses, não posso mais utilizar o cartão. Quando você vai pagar a conta do telefone? O chuveiro não esquenta mais, como se não bastasse tudo isso tenho que entregar minha dissertação em uma semana, escrever o último capítulo, arrumar todo texto ainda. Numa hora dessas você na maldita televisão, assistindo sei lá o quê, depois de ter passado o dia no computador, que agora não quer ligar.
Levantei do sofá com a cabeça aos pulos.
_ Desculpe amor, infelizmente não tive inspiração para começar o livro.

  
Por: Gildeone dos Santos Oliveira

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